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A partir da década de 70, verifica-se uma preocupação crescente com a formulação de currículos oficiais.
Até a década de 80, os Estados e os municípios elaboravam suas próprias propostas curriculares - destaque para a CENP – SP (PONTUSCHKA, 2007).
Havia uma descentralização da política de formulação de currículos básicos ou mínimos para o ensino.
Segunda metade da década de 90 – retomada do papel federal na definição de políticas curriculares com a proposição de elaboração dos PCNs – interesse de centralização do ponto de vista da condução metodológica do processo (SPOSITO, 2006).
Há uma descentralização centralizada: ao governo cabe a formulação de políticas e aos educadores,sua implantação; aos municípios e estados, sua administração, inclusive financeira (SPOSITO, 2006).
A avaliação dos PCNs deve ser realizada tomando-se como ponto de partida sua inserção em um contexto mais amplo, que é o da política educacional brasileira – “pacote de propostas e medidas” – Diretrizes Curriculares, ENEM, Provão, PNLD. (SPOSITO, 1999).
PCNs - fazem parte de políticas públicas educacionais iniciadas com a LDB/96 (PONTUSCHKA, 1999)
Quando os PCNs foram lançados havia professores que se sentiam renovar, através da perspectiva de mudar o como ensinar e o que ensinar em geografia.
Mas havia os que resistiam e pediam de volta a geografia física e a geografia humana.
Novo Ensino Médio - preparar para a vida, qualificar para a cidadania e capacitar para o aprendizado permanente.
Antes: se desejava transmitir conhecimentos disciplinares padronizados, na forma de informações e procedimentos estanques;
Hoje: se deseja promover competências gerais, que articulem conhecimentos disciplinares ou não.
Propõe realizar um trabalho permanente voltado para o desenvolvimento de competências e habilidades apoiado na associação ensino-pesquisa.
Competências da área de Ciências Humanas: o de comunicar e representar, o de investigar e compreender e contextualizar social ou historicamente os conhecimentos.
Propõe praticar atividades escolares significativas e contextualizadas.
Nova postura do Educador: centrada na mediação dos processos de construção/reconstrução dos conhecimentos escolares por parte dos educandos, e não na condição de mero retransmissor desses conhecimentos para os mesmos.
O aluno deve ser considerado como sujeito ativo no processo de construção do conhecimento e o professor um mediador do processo de ensino e aprendizagem.
Interdisciplinaridade: desenvolvimento de competências e habilidades, na associação ensino-pesquisa como prática docente permanente e na realização de atividades escolares contextualizadas, que contribuam de forma efetiva para que os educandos construam/reconstruam conhecimentos e desenvolvam autonomia intelectual.
Conteúdos: Os conteúdos programáticos não possuem ordem pré-estabelecida para serem estudados;
A ausência de seqüências obrigatórias não significa que os diferentes temas/assuntos não possuam articulação entre si.
• Que os conteúdos programáticos possam ser meios para construção/reconstrução de conhecimentos por parte dos educandos, e não fins em si mesmos.
• Organização dos conteúdos: em eixos temáticos – temas e subtemas.
Área de Geografia
Conceitos estruturantes: espaço geográfico; paisagem (unidade perceptível); lugar (unidade sensível); território (unidade construída mediante estrutura de poder); escala; globalização, técnica e redes.
Os conceitos componentes da área são identificados a partir do objetivo maior da disciplina, que é o espaço geográfico – unidade central da Ciência Geográfica.
Na Geografia as competências visam estabelecer a busca concreta de objetivos voltados para a análise do espaço geográfico.
As competências em Geografia são alinhadas a partir de três perspectivas: representação e comunicação; investigação e compreensão e contextualização sociocultural.
Representação e comunicação
Centrada nos mecanismos de linguagem e códigos.
Ler, analisar e interpretar os códigos específicos de Geografia (mapas, gráficos, tabelas etc.)
Reconhecer e aplicar o uso das escalas cartográfica e geográfica como formas de organizar e conhecer a localização, a distribuição e a freqüência dos fenômenos naturais e humanos.
Investigação e compreensão
- Reconhecer os fenômenos espaciais a partir da seleção, comparação e interpretação.
Selecionar e elaborar esquemas de investigação que desenvolvam a observação dos processos de formação e transformação dos territórios;
Analisar e comparar, interdisciplinarmente, as relações entre preservação e degradação da vida no planeta.
Contextualização sociocultural
Reconhecer na aparência das formas visíveis e concretas do espaço geográfico atual a sua essência;
Compreender e aplicar no cotidiano os conceitos básicos da Geografia.
Identificar e analisar o impacto das transformações naturais, sociais, econômicas, culturais e políticas do seu “lugar no mundo”
Síntese das competências
• Leitura e interpretação dos documentos cartográficos (mapas, gráficos, tabelas), assim como sua elaboração;
identificação e interpretação das estruturas constituintes do espaço geográfico em suas unidades diversas;
reconhecimento e identificação dos elementos constitutivos do espaço geográfico, incluindo a avaliação de sua incorporação ao processo de produção/apropriação do espaço geográfico;
avaliação de seus impactos, tanto numa perspectiva histórica quanto em relação ao momento presente.
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